sábado, 6 de fevereiro de 2010

Hoje o Eduardo completa um mês de vida! Ele está aqui ao meu lado olhando para mim por enquanto que eu escrevo pela primeira vez no blog após o seu nascimento... Demorei um mês, pois foi um mês com muitos acontecimentos e não tive disposição para escrever aqui.



Mas hoje finalmente vou escrever em detalhes como foi o nascimento do Eduardo.



No dia 05 de janeiro, meu aniversário, era o dia escolhido para induzirmos o parto, já que estávamos na 41a. semana de gravidez e o Dudu ainda não havia dado sinal de que queria nascer, então o médico disse que não poderiamos passar daquela semana para não corrermos nenhum risco. Fomos almoçar no Mangai para comemorarmos o meu aniversário, fomos somente eu, Paula, Pai, Mãe, Ril, Davi, Paulo e Regina. Resolvemos almoçar somente com a família, pois iríamos sair direto do restaurante para o Hospital Brasília.



Chegamos ao Hospital às 14:00h. Mas por conta do burocracia da internação e limpeza do nosso quarto, só chegamos ao nosso quarto às 16:00 e às 17:00 a Paula começou a tomar ocitocina no soro para a indução do parto. Por enquanto estávamos assistindo Marley e Eu, filme inspirador desse blog e que eu tinha ganhado de aniversário dos meus sogros alguns minutos antes.



Ligamos para o Dr. Marcelo e a Paula conversou com ele sobre a ocitocina, pois já eram 19:00h. e até aquele momento nada de contrações. O Dr. Marcelo mandou aumentar a dose e disse que chegaria ao hospital por volta das 20:00 para vê-la. Nesse momento a Paula ficou um pouco nervosa, pois as contrações não estavam evoluindo e ela achou que o médico iria chegar e já fazer a cesariana.



Anoiteceu e com a noite o quarto começou a encher... primeiro chegou Aninha, logo depois meus pais chegaram e um pouco mais tarde os pais da Paula. O quarto estava cheio (o que a Paula não queria), mas infelizmente não teve como evitar.



Como prometido o Dr. Marcelo chegou às 20:30 e conversamos sobre o andamento lento da indução do parto. Ele sugeriu estourar a bolsa para acelerar o processo. Aninha não gostou muito da ideia, mas a Paula sim e assim foi feito, a bolsa foi rompida e a partir dai o trabalho de parto começou a acelerar. Fiquei vendo de curioso, se eu estava querendo ver o parto tinha que ver o rompimento da bolsa para ver se aguentava. Passei no primeiro teste!



A partir desse momento, o trabalho de parto começou a evoluir a passos largos, ou melhor, a rapidas e coloridas contrações. As contrações duravam 50 segundos e vinham a cada minuto. Eu ficava de olho no relógio, no cronometro e tentando confortar a Paula nas dores com toalha molhada, conversando, incentivando, levando para o banho... Essa rotina se seguiu até às 03 horas da manhã, quando a Paula já estava com 8 cm e o médico resolveu levá-la ao centro cirurgico para aplicar a anestesia. A essa altura, só os pais da Paula tinham aguentado esperar e continuavam no quarto.

Seguimos para o Centro Cirurgico, a Paula ainda sentindo fortes dores! Eu tentando acalmá-la e me acalmar também, finalmente estava chegando a hora de ver a carinha do Dudu, não seria no dia do meu aniversário, mas pouco importava, o importante era ver o Eduardo com saúde!

Nos separamos por instantes para eu trocar de roupa e logo já estavamos juntos no centro cirurgico. Que lugar frio era aquele! Demorou alguns minutos que para a Paula pareceu uma eternidade até o anestesista chegar e fazer a analgesia. O médico fez o exame de toque e enfim os 10 cm tão esperados. Chegava o momento de começar a empurrar!

A Paula com toda a sua garra começa a empurrar e respirar todas as vezes que vinha uma contração! Eu tentava incentivar e ajudar que ficasse na posição mais sentada possível... a cada contração um empurrão... minutos e minutos de trabalho, respirações, empurrões, palsas, contrações, respirações, empurrões, palsas... e assim o tempo foi passando... percebiamos que não estava evoluindo, mas nunca tinhamos participado de um parto antes. Após 45 minutos o médico resolveu começar a tentar agir no trabalho de parto, empurrou em cima da barriga, fez toque e nada do Eduardo aparecer... A Paula continuava tranquila, cansada mas tranquila... o médico disse então que esperaria no máximo mais 15 minutos senão teriamos que fazer a cesariana, pois não era indicado mais de uma hora de expulsão. Mais algumas tentativas e a Paula pede para fazer a cesariana.

A essa altura eu já estava um pouco preocupado, mas não nervoso, pois sabia que estavamos em um bom hospital, com bons profissionais, a Paula estava tranquila e tinhamos muita fé em Deus que daria tudo certo. Pedi para entrar em contato com os pais da Paula que iriam acompanhar a transmissão do parto pela TV, para acalmá-los e informar quais seriam os procedimentos que iriamos tomar a partir daquele momento.

Voltei para o centro cirurgico e logo a cirurgia começou, a Paula tremia de frio e eu não sabia para onde olhar! Mas em momento nenhum pensei que fosse desmaiar, ou que não deveria estar ali, afinal de contas daqui a poucos segundos eu veria pela primeira vez o nosso filho!

Enfim o Eduardo nasceu às 04:20 da madrugada do dia 06 de janeiro de 2010. Na hora que ele saiu eu percebi que ele estava bem cansadinho... rapidamente foi levado para uma sala ao lado, falei com a Paula e sai para ver o meu filho pela primeira vez de perto. A assistente da pediatra pediu para que eu esperasse um pouquinho, que estava tudo bem mas estavam fazendo um procedimento nele! Foram os 2 minutos mais aterrorizantes da minha vida, eu não sabia o que estava acontecendo, eu não sabia se rezava, se chorava, se agradecia, se pedia, só sabia que Deus faria o que fosse melhor para todos nós!

Logo me autorizaram a entrar. Vi aquele menino lindo, todo enrugadinho, choramingando um chorinho não muito forte e intercalado com uns gemidos. Colocaram ele na balança, estava medindo 51 cm. (bem grande!) e o peso 3,055. Achei que fosse nascer mais gordinho. Mas tudo bem! Conversei um pouco com a pediatra e tirei umas fotos para levar para a Paula que ainda estava sendo costurada na sala ao lado.

Conversei com a Paula, dei os parabéns, tentei tranquilizá-la e mostrei as fotos de como ele era lindo! Voltei a outra sala e vi terminarem de limpar o Dudu, fiquei chorando e agradecendo a Deus pela vida do nosso filho mais lindo do mundo!

Novamente conversei com a pediatra e fui informado de que o Dudu teria que ir para a UTI neo natal pois tinha suspeita de que havia aspirado liquido amniotico e não estava respirando da forma que se esperava de um recém nascido. Disse que estava de acordo e pedi para se possível a Paula ver o Eduardo e dar um beijo, pois na hora do parto não tinha sido possível, ela disse que não achava prudente, pois a sala estava muito fria! Não entendi então o motivo daquela sala parecer o polo norte. Mas não discuti. Teriamos muito tempo paras ver o Dudu! Conversei um pouco com a Paula, atualizei ela das noticias e fui a recepção para entregar uns papeis para internação do Eduardo.

Fui para o quarto, os pais da Paula estavam bem felizes, me parabenizaram! Não sei com que cara eu estava se de assustado, feliz, preocupado (talvez uma mistura de tudo isso). Eles foram para casa descansar e eu resolvi tomar um banho para tentar relaxar. Fiquei pensando em tudo o que havia acontecido naquela noite.

Tentei dormir, mas resolvi não desligar o celular, pois sabia que logo meus pais ligariam buscando notícias e ficariam preocupados caso não conseguissem falar comigo. Acho que dormi 40 minutos e minha mãe ligou, eu atendi sem saber muito bem se tinha sonhado ou se aquilo tudo era realidade (que sensação louca!) Mas consegui contar o que tinha acontecido e disse que estava tudo bem!

Tentei dormir novamente, mas quem disse que conseguia! Eu estava sentindo um turbilhão de emoções, precisava conversar e não sabia com quem! Liguei para um amigo que não conseguia falar, só chorava! Logo eu que não sou muito de chorar e estava parecendo um bebê! Consegui conversar com o Victor e logo chegou o café da manhã. Liguei para o centro cirurgico para saber com estava a Paula, me disseram que ela estava bem, mas que não tinha dormido muito. Pensei que ela devia estar muitoooooo cansada! Mas igual a mim não conseguia pregar o olho até ver que o Eduardo estava bem! Já eram umas 7:30 da manhã.


Resolvi ir até a recepção assinar uns documentos e ver o horário da visita. Fui informado que poderia entrar lá às 9:00h. Fiquei na dúvida se esperava a Paula ou iria a UTI ver o Eduardo, decidi ir à UTI para poder dar noticias quando a Paula chegasse.

Vi o Dudu pela segunda vez na UTI, ele tava dormindo um soninho, cheio de aparelhos, nem toquei nele, parecia muito frágil. Mas eu tinha a certeza de que ele não iria ficar muito tempo ali, tava com uma carinha boa! Nem parecia que tinha nascido há poucas horas! Fiquei vendo como era lindo e parecido com a mãe. Conversei com a Doutora sobre procedimentos, o estado de saúde dele e voltei para o quarto para esperar a Paula que logo chegou. Conversamos um pouco, tentei falar mais do que fazer perguntas para acalma-la e evitar que falasse muito para não ter gases da cirurgia.

Enfim, durante a manhã conseguimos descansar um pouco sabendo que o Eduardo estava bem!

No inicio da tarde a Paula levantou, tomou banho e já estava pronta e em pé para ver o Eduardo! Nem parecia que tinha passado por uma cesáriana! Fomos a UTI e finalmente reunimos a nossa família toda! Eu, Paula e Eduardo. Diferente de mim que estava morrendo de medo de pegar o Dudu, a Paula foi logo pegando e colocando ele para mamar. O Eduardo já estava sem o aparelho de respiração, estava somente com soro no braço e pé.

Mais tarde chegaram os meus pais e os pais da Paula e as vovós entraram para ver o Dudu, saiu uma mais boba que a outra e logicamente achando que o Dudu era a cara dos seus respectivos filhos!

Mais tarde, fomos somente eu e a Paula para a UTI, onde tiramos fotos e o Dudu mamou por um bom tempo! Pela primeira vez eu peguei o meu filho no colo! Que sensação maravilhosa! Depois de tanto tempo na barriga agora ele estava ali nos meus braços!

A noite conseguimos descansar! No outro dia o Dudu já estaria conosco! Tinhamos certeza disso! Logo cedo tivemos a noticia de que ele viria para o quarto, sai para providenciar a certidão de nascimento e o quadro da maternidade. Que ficou lindo:)

Logo me ligaram avisando que o Dudu já estava no quarto. Logo chegaram um monte de tios e tias na visita, cada amigo mais especial que o outro! Trazendo lembranças e muitas vibrações positivas para a vida do Eduardo!

No dia seguinte, dia 08 de janeiro a Paula e Dudu tiveram alta e fomos para casa levando o nosso mais precioso bem!

Ele é muito lindo! Depois conto com mais detalhes, mas é muito tranquilo e dorminhoco! Além de ser o neném mais cheiroso do mundo!